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Artes, Teatro, Literatura, Filosofia, Entretenimento
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No ventre do tempo 30 Apr 2017 12:53 PM (8 years ago)


Agora a casa está vazia, 
Há muito tempo está.
Exceto as folhas das plantas que tremem ao vento.
Decorre a vida neste outono
e o pensamento é um esboço de palavras soltas.
Germinam versos no ventre do tempo.
Nas paredes o silêncio dos retratos.
Na janela uma poesia, um gato observando destinos ao por do sol.
Uma fruta arde no fogo: Aroma doce.
Quem dera fossemos;
Mensagens não lidas, retas que se curvam, notas musicais...
Ou pássaros sem ninhos, personagens sem estórias.
Amargos ou doces, simples escolhas nesta transversal.


Alba Simões

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Uma Arte 18 Apr 2017 2:53 PM (8 years ago)


A arte de perder não é nenhum mistério
tantas coisas contém em si o acidente
de perdê-las, que perder não é nada sério.
Perca um pouco a cada dia. Aceite austero,
a chave perdida, a hora gasta bestamente.
A arte de perder não é nenhum mistério.
Depois perca mais rápido, com mais critério:
lugares, nomes, a escala subsequente
da viagem não feita. Nada disso é sério.
Perdi o relógio de mamãe. Ah! E nem quero
lembrar a perda de três casas excelentes.
A arte de perder não é nenhum mistério.
Perdi duas cidades lindas. Um império
que era meu, dois rios, e mais um continente.
Tenho saudade deles. Mas não é nada sério.
Mesmo perder você ( a voz, o ar etéreo, que eu amo)
não muda nada. Pois é evidente
que a arte de perder não chega a ser um mistério
por muito que pareça (escreve) muito sério.

(Elizabeth Bishop; tradução de Paulo Henriques Brito)

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Pra hoje.... 16 Oct 2016 8:23 PM (8 years ago)

" A vida é breve para ser sobrevivida.
Vamos viver !
A cada pôr do sol, a cada instante.
Tudo é uma dádiva fugaz.
Todo ser é um novo horizonte a ser contemplado!"
__Alba Simões

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A eternidade do instante 20 Sep 2016 11:47 PM (8 years ago)

As coisas tem o tempo que tem.
Indagações diante de um luar submetiam um reflexo de mim e a imagem criada de outros...
Para  o meu reencontro era preciso suavemente escravizar-me aos sentidos, cruelmente inevitáveis...
Uma fórmula de acreditar no amor e em suas contradições. 
Não este amor carnal e de egos.
Há tempos guardei dentro de uma caixinha de música - 
Estes amores de transes e de noites mal dormidas.
Sobrevivi  as contradições e as feridas...
Era preciso ultrapassar  a vaidade e as compaixões.
Nascia em mim uma ternura incompreensível.
E eu compreendi a eternidade de um único instante!
Alba Simões

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Sabe aquilo que deixei? 19 Dec 2015 1:23 PM (9 years ago)

Um tigrinho preto
abandonado e manco um filhote
Alimentei-o, e eu era nada
Num palco azul, quase que distante, surge um Leopardo
Anoiteceu um mistério de mãe, que deixa seu rastro e vaga...
Sabe aquilo que deixei?
Um espelho, uma vida, e sonhos adormecidos.
Um elo, um eco é um vazio de reflexos sem respostas.
Alba Simões

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Mundo Inventado 26 Sep 2015 3:06 PM (9 years ago)


Deixo o mar esculpir a pedra, adormeço numa caverna sem tempo ou memórias.
Fico como uma ostra perdida, na dor que se faz a pérola.
Este é meu mundo real, onde habitam todos meus personagens: Os bons e os maus.
Os bons me aconselham a retidão e o silencio, os maus me convidam ao mergulho em busca de alimentos...
Muito longe ficaram as cidades perdidas, os loucos engaiolados na matéria.
Minha alma está em paz, há uma parede invisível que me separa.
Vejo tudo o que não me faz mais sentido: As coisas acumulam poeira, as coisas estão sempre sujas, e todas estas coisas tem um preço.
E neste mundo os loucos se deslumbram por coisa que brilham nas vitrines, coisas que depois de adquiridas perdem o brilho, em pouco tempo viram entulho, e como nós viram pó.
Porque este frenesi em adquirir consumir, construir, demolir é implantado pela Matrix de um sistema caótico.
E ainda tem as embalagens para o desespero dos consumistas, e as malditas etiquetas nos lugares mais impróprios das roupas.
Aquelas que coçam na nuca ou na lateral das costelas...
O aspirador de pó ligado, um celular tocando e os ponteiros te mostrando que você sempre está atrasado.

”A melhor maneira de sair do inferno é saber onde fica a porta da entrada”.


Alba Simões
( Mundo Inventado – Setembro 2015 )


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Para você que não me leu. 7 Sep 2015 4:28 PM (9 years ago)


Para você que não me leu.
Hoje choveu e lavou portas e janelas infinitas...
E pelos telhados quebrados adentraram anjos e estrelas.

As horas pareciam parar, entre memórias e mantras.Para você que não meu leu, era setembro e já brotavam as coisas que um dia vou te contar.

Alba Simões

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Ecos e Elos 19 Mar 2015 5:33 PM (10 years ago)


Nos escombros do cotiano, há poemas soterrados...
Estamos todos cansados pra remover pedras seculares.
Sepultamos nossos ideais,vestindo as máscaras deste sistema cabotino.
E o que nos resta?
Deixar que a poeira se acumule as rochas intransponíveis?
Sair de soslaio pelas portas demolidas, voar pelas arestas das janelas sem noites...
Porque a razão aniquilou as serenatas dos cancioneiros...
Nossas ruas não tem mais esquinas, nosso palco fechou as cortinas.
Nossos amores uniram-se ao útil que lhes restaram.
Nossos amigos agonizaram num telefone sem fio.
Estou a beira, com um poeta que conheci sentado na soleira.
Ele apenas canta sem rumo,há muito tempo esvaziou-se dos elos,
e não leva nada na algibeira!


Alba Simões

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Anjo sem asas 18 Mar 2015 3:52 PM (10 years ago)

Sou anjo caído na estrada
Ajoelhado, com as asas quebradas
Nos olhos a amargura da solidão
Uma flecha pontiaguda atravessou o meu coração!

Meus dias estão incertos
Eu danifiquei a máscara
Meu rosto está descoberto
Como voltar para casa?

Eu sou um vento frio!
Um pote vazio
Chuva gelada
Caminhos tortuosos na estrada

Quem passa não me vê
E quem me vê só quer me esquecer
Eu sou predestinado à solidão
Guardo os meus segredos no coração

Eu sou a canção que ninguém cantou
Restos do amor que se acabou
Eu sou a lágrima do humilhado
Um espírito cansado

Eu sou como a porta do cemitério
Todos os que entram nela, temem ir para o inferno
Eu sou o mistério que lhe tira o sono
Sou a angústia do abandono!

Anjo que não consegue e não quer voar
Sem as asas onde estão os motivos para sonhar?
A noite cai e as estrelas sumiram do céu, escureceu!
Esqueceram de mim e este destino é só meu!

Janete Sales Dany

Poema registrado na Biblioteca Nacional
No livro: "EU VOU ABRAÇAR A VIDA!" E OUTRAS
Página 29
Personalidades:
JANETE FRANCISCO SALES YOSHINAGA - Autor(a)
Nome artístico: Janete Sales Dany
Registro: 606038

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Ela lambia os meus pés... 20 Jan 2015 8:32 AM (10 years ago)


Ela lambia os meus pés. Enquanto eu cozinhava.
Peito de frango, eis que eu preparava seu prato preferido!
A febre do calor ultrapassava 40 graus...
Meu suor pingava da testa, escorria pelo meu rosto e salgava o cardápio principal da Juliana.
E meu tempo esquecido marcava as horas que não voltariam, jamais.
Amei Juliana neste exato instante, em que ela suplicava comida caseira.
Pensava que eu era um animal, que às vezes engolia qualquer porcaria pré-fabricada, uma coca cola uma mídia sangrenta, e talvez depois caia febril numa cama que por mais limpa abrigava milhares de ácaros... E no dia seguinte, me cabia um mundo absurdo de cumprir metas.
Para manter o meu emprego. Isto, não me sustentava a alma.
Juliana se viraria caçando insetos, talvez a minha ausência lhe devesse um breve adeus...
E Deus estivera presente neste suor, neste prato feito com amor, mesmo que fosse para servir um gato. Talvez este Deus esteja se manifestando nesses 40 graus, para que o poeta suporte a plenitude do céu.
Alba Simões


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Velhos Quadros 9 Mar 2014 12:41 PM (11 years ago)


O tempo é este corredor de cores
Entre palavras perdidas, pincelando velhos quadros,
reconstrói amores fugidios...
Esboça nesta tela sedenta, a cor do sangue!
Veste tudo que é vida com este desejo que não sabe o que quer, e também pode ser a morte.
Desconstrói o infinito, porque tem fome de estrelas, de templos e catedrais!
O tempo é um eco sem voz.
É memória, é história, é este exato instante.
É o traço, é o rebento e o rastro...
O tempo toca o tempo todo - Inexoravelmente!
Alba Simões

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Solidão disfarçada de alegria 23 Feb 2014 5:26 AM (11 years ago)


No corte profundo das despedidas, os sonhos cicatrizam os amores não vividos.
As sombras se revelam nos corredores impróprios...
Máscaras das vaidades profanas dançam na escuridão.
Ilusões que cegam almas!
O peso hostil deste cotidiano cansado, nos arrasta pelas transversais vazias.
É um luxo que sobe escadas, para se atirar das janelas...
Neste vai e vem, onde quase tudo entorpeceu, constata-se:
Solidão disfarçada de alegria!
Alba Simões

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Aborto In Consagrados. 5 Oct 2013 8:51 PM (11 years ago)

Aborto...
Dos desenganos e tormentos.
Pensamentos e lamentos.
Dos rituais in consagrados.
Da falta de cuidados com o amor
Aborto ao despudor das ironias das vidas vazias...
Quanto dói e sangra esta poesia.
Que não nasceu no seu coração petrificado.
É um carma?
Ou será uma manhã incógnita, onde uma palavra eternamente adormeceu...
Este é o meu aborto sem culpas...
É a minha Ode ao seu poema, que em mim morreu!
Alba Simões

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Contrastes Inversos 4 Oct 2013 8:25 PM (11 years ago)

Assim como a lua brilha,
o sol me alucina.
Arde e aquece...
Que não tarde a exortação dos poetas!
Aqueles que se perderam no
desenredo deste mundo conturbado!
Que Deus nos salve, destas metas 
hipócritas, onde os idiotas se iludem...
E a vida se incube em destinos.
O desatino é esquecer a essência e 
adormecer um verso nestas lindas noites de luar!
Aqui deixo meu beijo, a todos!
São poucos, mais são lindos e 
essenciais.
Alba Simões

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O crítico como artista 30 Jun 2013 6:03 AM (11 years ago)

Nenhum poeta canta porque tem que cantar.

Pelo menos, nenhum grande poeta o faz.
Um grande poeta canta porque resolve cantar.
É assim agora e sempre foi.
Às vezes somos levados a pensar que as vozes que se ouviam na alvorada da poesia eram mais simples,mais arejadas, mais naturais que as nossas e que o mundo que os poetas primevos contemplavam e pelo qual passeavam era dotado de uma espécie de virtude poética própria que podia quase sem alteração passar à canção.
Hoje a neve está acumulada no Olimpo e suas encostas íngremes e escarpadas estão ermas e estéreis, mas imaginamos que outrora os alvos pés das musas roçavam o orvalho das anêmonas pela manhã e à noite, chegava Apolo para cantar aos pastores do vale.
Mas com isso estamos apenas atribuindo a outras eras o que desejamos, ou cremos desejar, para a nossa.
Nosso senso histórico é deficiente.
Todo século que produz poesia é, na medida em que o faz, um século artificial,
e a obra que nos parece o produto mais natural e simples da sua época é sempre o resultado do esforço mais autoconsciente.
Creia-me, Ernest, não há belas-artes sem autoconsciência, e a autoconsciência e o espírito crítico são uma coisa só. 

Oscar Wilde: de "The critic as artist"
Saiba mais sobre:http://en.wikipedia.org/wiki/The_Critic_as_Artist


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A vida é o trem, não a estação 20 Mar 2013 6:56 AM (12 years ago)

Transforme sua vida. Reescreva seu destino.

Num tom franco e extremamente pessoal, Paulo Coelho relata sua incrível jornada de auto descoberta. Como o pastor Santiago de seu grande sucesso O alquimista, o escritor vive uma grave crise de fé. À procura de um caminho de renovação e crescimento espiritual, ele resolve começar tudo de novo: viajar, experimentar, se reconectar às pessoas e ao mundo.
Ao embarcar para a África, depois para a Europa e, por fim, cruzar a Ásia pela ferrovia transiberiana, Paulo busca revitalizar sua energia e sua paixão. Mas nem pode imaginar que surpresa essa peregrinação lhe reserva.
Ele conhece Hilal, uma jovem e talentosa violinista, e descobre que ela foi sua grande paixão numa vida passada, mas que ele a traiu de maneira tão covarde que, mesmo 500 anos depois, isso o impede de ser feliz. Juntos, os dois se lançam numa viagem pelo tempo e o espaço, abrindo-se para o amor, o perdão e a coragem de enfrentar os desafios da vida.
Bonito e inspirador, Aleph é um convite à reflexão sobre o significado da nossa jornada pessoal: será que estamos onde queremos estar, fazendo o que desejamos fazer?
Aleph não deve ser apenas lido, mas vivido.
“Nossa vida é uma constante viagem, do nascimento à morte. A paisagem muda, as pessoas mudam, as necessidades se transformam, mas o trem segue adiante. A vida é o trem, não a estação.”
“A viagem não foi para encontrar a resposta que estava faltando na minha vida, mas para voltar a ser rei do meu mundo. Estou de novo conectado comigo e com o universo mágico à minha volta. É isto que faz a vida interessante: acreditar em tesouros e milagres.”
“Estou no Aleph, o ponto onde tudo está no mesmo lugar ao mesmo tempo. Estou em uma janela olhando para o mundo e seus lugares secretos, a poesia perdida no tempo e as palavras esquecidas no espaço.
Estou diante de portas que se abrem por uma fração de segundo e logo tornam a se fechar, mas que permitem desvelar o que está escondido atrás delas – os tesouros, as armadilhas, os caminhos não percorridos e as viagens jamais imaginadas.”
Paulo Coelho-Aleph

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Os Quarenta e um Tons de Tom 12 Mar 2013 7:13 PM (12 years ago)

Águas de Março, consagrada composição de Tom Jobim eternizada na voz de Elis Regina, e outros grandes interpretes...Completa 4 décadas!
Exatamente quarenta e um anos de seu lançamento no ano de 1972.
Saudações de um tempo repleto de talentosas criações, onde os tímpanos ainda eram saudáveis!
Exceto a tirânica ditadura,que tentava amordaçar as mentes livres e brilhantes!
Pois é Tom, acertou num tiro certeiro, do belo horizonte ainda nos restam:
Um fundo do poço, a garrafa de cana, o estilhaço na estrada...
É como se no fim do caminho, e neste mistério profundo, vibrassem nas águas deste março, que os poucos ouvidos jamais se esquecerão!
Profetizou o poeta, em seu  compasso desritmado e contraditório.
Onde se evidencia que o fim do caminho, é estar um pouco sozinho...
Convalescendo de uma febre terçã, na melodia que lava as palavras, numa conversa ribeira,um conto de tamanha leveza e intensidade...
Dizer mais o que? 
É o Tom, em sua maestria...
E para um belo horizonte...
É desligar o rádio e a TV.
São as águas de março fechando mais um verão...
Chove e nada mais se vê.
É um espinho na mão, é um corte no pé...
Será o fim do caminho?
Falando de música, de cultura, de arte.
Haja passos e pontes!!!
Para que atualmente, possamos encontrar alguma pérola de tamanha genialidade poética!
Como diz Rita Lee, a nossa rainha roqueira: " Tudo vira bosta ".
É o funk, é o BBB, é a cabeça vazia, é um não sei porque.
É o fim da picada, é a lama é a lama.
 Alba Simões
Para saber mais detalhes sobre vida e obra do Maestro Tom Jobim acesse o Link:http://pt.Wikipedia.org/wiki/%C3%81guas_de_Mar%C3%A7o

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A Palavra Nua que te Beija 4 Mar 2013 10:36 AM (12 years ago)

Renascida sobre as pontes desmistificadas,
trilho um caminho novo!
Um sorriso pra você, que me lê. 
É isso que lhe posso oferecer, sou renascida neste dia 
no alvorecer...
Acordei sem saber, porque aqui estava.
Talvez por causa do amor.
Se você me achar simplória ou ingênua, me deixe Ser.
Quando eu aprender falar de amor, que dizem os adultos, ser uma palavra tão  complexa,escreverei com leveza e intensidade!
Quando eu puder compreender o mundo, eu voltarei...
Verso solto e liberto!
Palavras sem vertigens.
Serei um poema compreendido, para além das estrelas...
Para você que me lê, transcenda!
Não sou a voz do poeta, sou a palavra nua que te beija!
Alba Simões

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A ponte de um Segredo 28 Feb 2013 2:02 PM (12 years ago)

Ao meu verso esquecido, naufragarei como um navio antigo.
Neste mar de lamentos, meu tormento da palavra que se cala.
Desta folha em branco que me olha e entre-olha, em desafio
Paradoxo desatino.
Grito mudo, do meu espírito escrito!
É bálsamo que me purifica, e me liberta em silencio!
Onde se esconde este poeta, que sem a palavra
se perde no tempo e sangra sem destino?
Rogo que venha-me o rebento, estou sem ar, sem sangue, sem vida...
Não é a inspiração...
Foge a árdua criação que me sacia, e como uma catarse me recria.
Neste branco desespero, sacrifício latente do oficio, que agora
é velado...
Eu suplico, a cada letra absorvida,a cada palavra fugidia, o perdão dos meus excessos de  amor,e a fúria  dos meus medos nelas contidas...
Dos meus enganos nas linhas tortas, das minhas metáforas equilibristas.
Se morrem os poetas que me habitam, deixo tudo...
Não farei mais da minha dor, a  ponte de um segredo...
E como apelo final deixo meu ventre e minha alma, como um ritual de oferenda.
Para que  eu possa parir nesta impiedosa folha, sentir ressuscitar como um milagre:
Um verso, uma canção, até a minha póstuma poesia.
E que ao nascer, ela simplesmente lhe sorria!

Alba Simões

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Entre Fadas e Dragões 15 Jan 2013 11:22 AM (12 years ago)

Quero uma palavra despida!
Um futuro sem números, instantes sem mortes.
E vejo numa estrada de mão única, os apelos do destino de uma vida...
As chuvas lavam o passado, o sol aparece tímido entre as nuvens de janeiro.
No céu o espetáculo das cores do arco iris.
Promessa divina que sempre se cumpre.
É a vida em seu recomeço!
É o instante que sempre nasce.
E nos acolhe, nos alegra, como aquela flor que brota,
num velho jardim esquecido...
A antiga estrada, está mudada.
E os campos que as norteiam, são vastos...
Retiro a ferida dos olhos do dragão.
Descobri que ainda existem fadas, mesmo em reinos desencantados.
Agora eu não planto mais as velhas sementes e palavras, elas simplesmente brotam como os milagres naturais.
Pequeninos insetos defecam na terra a semente que os nutrem.
E eis que surge a  nova semente - já adubada.
A colheita certamente será cada vez mais abundante.
Então é isso - Há vida em tudo!
Mesmo no silêncio que parece um corte profundo.
É encontrada a palavra, que se despi para um novo mundo!
Alba Simões

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2012 Enfim é o seu Fim! 31 Dec 2012 3:38 PM (12 years ago)

Deixando  2012...
Enfim é o seu Fim!
Lavando a alma, como a  beleza incomparável da música de Astor Piazzolla!
Que venha 2013!!!
Só depende de nós.
Então vamos começar a revelar esse filme com muita harmonia, confiança e alegrias!
Desejamos 365 dias de muita paz, saúde e prosperidade...
Obrigada a todos os nossos 
queridos Amigos e Leitores!

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Nua Diante de Deus 16 Dec 2012 3:29 PM (12 years ago)

Era um sábado chuvoso, o telefone interrompeu as minhas corriqueiras divagações.
Do outro lado da linha, um vendedor de voz rouca e um tom de cinismo, me oferecia vantagens em comprar "Máscaras em Promoções".
Mas que diabos!!! - Pensei, nem chegara janeiro e já queriam vender adereços de carnaval?
Eu que sempre abominei esta festa, iria dar ouvidos para aquela bobagem?
Não quero nada - Respondi, e num surto de raiva,e desliguei o aparelho.
Minhas divagações mudaram de rumo, e no percurso inquieto dos meus pensamentos, ocorreu-me a estranha ideia:
- Por acaso poderia ser que aquele individuo pudesse me oferecer algo mágico, como um outro rosto, e com este rosto eu poderia fingir para eu mesma, ser outra?
Resisti a esta tentação transversal e turva...
Fui até a cozinha, fiz um café, sentei-me a mesa e fiquei a observar as frutas de cera que enfeitavam a fruteira.
Como seria experimentar o gosto de uma fruta de cera?
O que faziam ali aquelas frutas, estariam se mascarando para não serem devoradas?
Nada fazia sentido...Estava resolvida a retirar tudo que era artificial daquela casa...
Eu me deixo ser por enquanto.
Quero ser eu mesma!
Com esta solidão que me preenche, esta felicidade que eu invento.
As coisas que eu guardo neste vasto baú que chamamos de memórias...
Mas tudo era uma alegria disfarçada, como as máscaras de plástico e as frutas de cera.
E eu não admitia ser um disfarce!
A chuva estava feliz, aproveitei o momento propício e aconchegante
para fazer as pazes comigo, e me perdoei por não conseguir te esquecer.
Também  não tive medo de ver o meu rosto, apesar do cansaço que refletia...
E percebi que a máscara que eu usara, não estava fora de mim, o que estava fora de mim era tudo verdade, porque era o que eu sentia.
Constatei: O rosto, e o cansaço que refletiam no espelho não eram meus. 
Me senti nua diante de Deus.
Estava declarando o meu amor para a vida.
Estava aprendendo a viver sem a necessidade de possuir.
Vi coisas e pessoas tão reais, que não queria mais fechar os olhos...
Enquanto eu tentava compreende-las, eu simplesmente não existia...
Eu fizera uma grande descoberta sobre mim...
E  apenas chorei, sem pensar em mais nada.
E finalmente libertada, me senti em estado de glória e de 
volúpia... 
Eu estava nascendo!
Alba Simões

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Hoje é um dia bom pra se viver! 12 Dec 2012 4:18 PM (12 years ago)

...Existe uma esperança que sempre nos habita. 
E apesar das horas breves e de toda efemeridade que há por fora,
uma parte dessa nossa humanidade ainda sonha.
Por vezes somos doçura, esvaziamos os potes de cólera que nos envenenam e levemente nos religamos a mágica essência de viver em harmonia.
A contagiante alegria , que nos invade, quando abrimos as janelas da alma
e constatamos:
Hoje é um dia bom pra se viver!
Talvez por esta esperança, ou pela força e coragem que nos é inerente,
nos tornamos uma espécie sem limites aos apelos da sobrevivência e da felicidade a qualquer preço.
E o que é felicidade, como encontrá-la?
Tão simples e tão complexa esta palavra, que queremos freneticamente comungar a cada segundo de nossa existência.
Somos seres fugazes e imperfeitos, mas também somos capazes de decidir e traçar o nosso destino.
Pode nos parecer uma tarefa árdua e difícil, escolher entre toda nossa humanidade e selvageria!
Desde remotos tempos, temos visto mais clemência entre os animais irracionais do que dentre a nossa espécie.
E tristemente concluímos:
Quanto menos se sabe, mais se é feliz!!!
Mas façamos de cada dia, um novo ciclo, podemos evolucionar este velho conceito, aliando a nossa sabedoria, a nossa capacidade de amar e respeitar incondicionalmente.
Sem adiarmos nossa conduta humana para o próximo ano, o próximo mês, a hora é agora!
Tornando cada segundo, um elo positivo a  agregarmos aos dias vindouros.
E que assim possamos comemorar, sem aqueles antigos costumes irônicos, a chegada de mais um ano novo.
E que depois da meia-noite, estejamos livres dos antigos erros e enganos!
Antes de desejar-lhes um Feliz Ano Novo:
Desejo a todos um excelente dia!
Alba Simões
("...A gente se engana e pensa que é a gente mesma que está relinchando de prazer ou de 
cólera. A gente se assusta com o excesso de doçura do que é isto pela primeira vez. "
Clarice Lispector )

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Feliz Natal Noel Digital! 5 Dec 2012 4:10 PM (12 years ago)

 Vejam  que este Papai Noel, não é mais aquele velhinho que só sai 
do Pólo Norte com seu antigo Trenó.
Ele está em todas as mídias digitais, muito bem antenado nas redes sociais.
Quer pedir o seu presente ?
Nada de sapatinhos na janela, adicione o bom velhinho ao seu e-mail ou faça o  seu pedido através do Facebook ou no Twitter.
Desejamos um feliz natal a todos!
Desejamos um feliz natal a todos!

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Palavras Despidas 3 Dec 2012 5:27 PM (12 years ago)

O meu sonho, navegante vai...
Dançarino, viajante e contente
como a nua expressão da minha alma.
Cavalga sobre todos os instantes...
E flutua rindo como um Pégaso.
Desmaia numa noite de eclipse,
e dança com a estrela ao meio-dia...
Sente a vida impetuosa e satisfeita,
na implacável verdade do sol.
O meu poema sussurra no abismo em silencio.
Desejo desta luz, a minha extrema profundidade!
Transcede o longínquo futuro, que nenhum poeta viu.
Vai para além destas palavras despidas.
Vai para além destas catedrais de parábolas e fantasias.
Vai para além do amor e da morte.
E perpetua-se neste palco inventado,
entre as cenas desta vida!!!
Alba Simões

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