Letras e Poesias View RSS

L´essentiel est invisible pour les yeux Le Petit Prince
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Palavras 12 Dec 2019 12:00 PM (5 years ago)

palavras
o que significam
o que querem dizer
até onde querem ferir

palavra doída
"talher não se mexe"

corta-se alma
caem as gotas
é isso

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t e m p o . . . 22 Jul 2015 4:39 PM (9 years ago)

Seiscentos e Sessenta e Seis
A vida é uns deveres que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são 6 horas: há tempo…
Quando se vê, já é 6ª-feira…
Quando se vê, passaram 60 anos…
Agora, é tarde demais para ser reprovado…
E se me dessem – um dia – uma outra oportunidade,
eu nem olhava o relógio
seguia sempre, sempre em frente…
E iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas.
Mario Quintana

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Poesia 25 Dec 2014 1:05 PM (10 years ago)






Procura da Poesia



Não faças versos sobre acontecimentos.
Não há criação nem morte perante a poesia.
Diante dela, a vida é um sol estático,
não aquece nem ilumina.
As afinidades, os aniversários, os incidentes pessoais não contam.
Não faças poesia com o corpo,
esse excelente, completo e confortável corpo, tão infenso à efusão lírica.
Tua gota de bile, tua careta de gozo ou de dor no escuro
são indiferentes.
Nem me reveles teus sentimentos,
que se prevalecem do equívoco e tentam a longa viagem.
O que pensas e sentes, isso ainda não é poesia.
Não cantes tua cidade, deixa-a em paz.
O canto não é o movimento das máquinas nem o segredo das casas.
Não é música ouvida de passagem, rumor do mar nas ruas junto à linha de espuma.
O canto não é a natureza
nem os homens em sociedade.
Para ele, chuva e noite, fadiga e esperança nada significam.
A poesia (não tires poesia das coisas)
elide sujeito e objeto.
Não dramatizes, não invoques,
não indagues. Não percas tempo em mentir.
Não te aborreças.
Teu iate de marfim, teu sapato de diamante,
vossas mazurcas e abusões, vossos esqueletos de família
desaparecem na curva do tempo, é algo imprestável.
Não recomponhas
tua sepultada e merencória infância.
Não osciles entre o espelho e a
memória em dissipação.
Que se dissipou, não era poesia.
Que se partiu, cristal não era.
Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário.
Convive com teus poemas, antes de escrevê-los.
Tem paciência se obscuros. Calma, se te provocam.
Espera que cada um se realize e consume
com seu poder de palavra
e seu poder de silêncio.
Não forces o poema a desprender-se do limbo.
Não colhas no chão o poema que se perdeu.
Não adules o poema. Aceita-o
como ele aceitará sua forma definitiva e concentrada
no espaço.
Chega mais perto e contempla as palavras.
Cada uma
tem mil faces secretas sob a face neutra
e te pergunta, sem interesse pela resposta,
pobre ou terrível, que lhe deres:
Trouxeste a chave?
Repara:
ermas de melodia e conceito
elas se refugiaram na noite, as palavras.
Ainda úmidas e impregnadas de sono,
rolam num rio difícil e se transformam em desprezo.
Carlos Drummond de Andrade

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O que vamos fazer nascer? 25 Dec 2014 1:00 PM (10 years ago)


n a t a l

Do Latim NATIVITAS, “nascimento”, de NATIVUS, “nascido”, de NATUS, “produzido pelo nascimento”, de NAQUI, “nascer”, de GIGNERE, “gerar”.




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Nunca fez tanto sentido... 25 Dec 2014 12:53 PM (10 years ago)

... a pedra



No Meio do Caminho


Carlos Drummond de Andrade

No meio do caminho tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
Tinha uma pedra
No meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
Na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
Tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
No meio do caminho tinha uma pedra.

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Relicário 15 Mar 2014 2:32 PM (10 years ago)

O que está acontecendo?
O mundo está ao contrário e ninguém reparou


Nando Reis

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Capital Inicial - Acústico 15 Mar 2014 2:08 PM (10 years ago)

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Tudo que vai 15 Mar 2014 2:07 PM (10 years ago)




Tudo que vai
Deixa o gosto, deixa as fotos
Quanto tempo faz
Deixa os dedos, deixa a memória
Eu nem me lembro mais
Fica o gosto, ficam as fotos
Quanto tempo faz
Ficam os dedos, fica a memória
Eu nem me lembro mais


Capital Inicial

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Coexistência 15 Mar 2014 1:32 PM (10 years ago)

ser uma pessoa
essa troca
essa expectativa
esse outro ser que não conheço
que retorna
e repenso

repenso
escrevo
existo

existo?
só sei que escrevo
pelo outro
para o outro


porque eu sou, senão a parte, mas o outro.

Paula Cristina Corrêa Francisco

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2014: Recomeçando... 15 Mar 2014 1:18 PM (10 years ago)

Cabe o meu amor!
Cabem três vidas inteiras
Cabe uma penteadeira
Cabe nós dois

Cabe até o meu amor
Essa é a última oração pra salvar seu coração
Coração não é tão simples quanto pensa
Nele cabe o que não cabe na despensa



Oração - A Banda mais bonita da cidade

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Motivos 21 May 2013 5:23 PM (11 years ago)

Tento não escrever quando estou frustrada, triste, inconsolável, mas as palavras não resistem ao toque do sofrimento. Necessitam sair, escapam, pulam, querem ser notadas. Pois assim que seja.
Motivos. Não me dê motivos. Não me dê motivos para ir embora de mim mesma e transformar-me em um amontoado de palavras e pensamentos vãos que vão e voltam e assombram a mim mesma; logo eu que os produzi: não os quero, mas são irresistíveis. Tem sabor de sofrimento e adoro ver-me em chamas.
O calor da fúria me consola e desconsola. Habitual paradoxo dos que não querem sofrer e sofrem.
Entre o querer e não querer. Assim se faz esta meada de fios que se entrelaçam e laçam os meus sentimentos e esvaem-se em letras.
Tanta coisa em se buscar e acabar por perder-se. Insanidade que permeia os homens. Loucura que faz de nós homens, tolos de guerra, crianças estúpidas e patéticas.

Paula Cristina

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Em construção... 17 Apr 2013 3:43 PM (11 years ago)


O operário em construção

Vinicius de Moraes

E o Diabo, levando-o a um alto monte, mostrou-lhe num momento de tempo todos os reinos do mundo. E disse-lhe o Diabo:
- Dar-te-ei todo este poder e a sua glória, porque a mim me foi entregue e dou-o a quem quero; portanto, se tu me adorares, tudo será teu.
E Jesus, respondendo, disse-lhe:
- Vai-te, Satanás; porque está escrito: adorarás o Senhor teu Deus e só a Ele servirás.
Lucas, cap. V, vs. 5-8.
 

Era ele que erguia casas
Onde antes só havia chão.
Como um pássaro sem asas
Ele subia com as casas
Que lhe brotavam da mão.
Mas tudo desconhecia
De sua grande missão:
Não sabia, por exemplo
Que a casa de um homem é um templo
Um templo sem religião
Como tampouco sabia
Que a casa que ele fazia
Sendo a sua liberdade
Era a sua escravidão.

De fato, como podia
Um operário em construção
Compreender por que um tijolo
Valia mais do que um pão?
Tijolos ele empilhava
Com pá, cimento e esquadria
Quanto ao pão, ele o comia...
Mas fosse comer tijolo!
E assim o operário ia
Com suor e com cimento
Erguendo uma casa aqui
Adiante um apartamento
Além uma igreja, à frente
Um quartel e uma prisão:
Prisão de que sofreria
Não fosse, eventualmente
Um operário em construção.

Mas ele desconhecia
Esse fato extraordinário:
Que o operário faz a coisa
E a coisa faz o operário.
De forma que, certo dia
À mesa, ao cortar o pão
O operário foi tomado
De uma súbita emoção
Ao constatar assombrado
Que tudo naquela mesa
- Garrafa, prato, facão -
Era ele quem os fazia
Ele, um humilde operário,
Um operário em construção.
Olhou em torno: gamela
Banco, enxerga, caldeirão
Vidro, parede, janela
Casa, cidade, nação!
Tudo, tudo o que existia
Era ele quem o fazia
Ele, um humilde operário
Um operário que sabia
Exercer a profissão.

Ah, homens de pensamento
Não sabereis nunca o quanto
Aquele humilde operário
Soube naquele momento!
Naquela casa vazia
Que ele mesmo levantara
Um mundo novo nascia
De que sequer suspeitava.
O operário emocionado
Olhou sua própria mão
Sua rude mão de operário
De operário em construção
E olhando bem para ela
Teve um segundo a impressão
De que não havia no mundo
Coisa que fosse mais bela.

Foi dentro da compreensão
Desse instante solitário
Que, tal sua construção
Cresceu também o operário.
Cresceu em alto e profundo
Em largo e no coração
E como tudo que cresce
Ele não cresceu em vão
Pois além do que sabia
- Exercer a profissão -
O operário adquiriu
Uma nova dimensão:
A dimensão da poesia.

E um fato novo se viu
Que a todos admirava:
O que o operário dizia
Outro operário escutava.

E foi assim que o operário
Do edifício em construção
Que sempre dizia sim
Começou a dizer não.
E aprendeu a notar coisas
A que não dava atenção:

Notou que sua marmita
Era o prato do patrão
Que sua cerveja preta
Era o uísque do patrão
Que seu macacão de zuarte
Era o terno do patrão
Que o casebre onde morava
Era a mansão do patrão
Que seus dois pés andarilhos
Eram as rodas do patrão
Que a dureza do seu dia
Era a noite do patrão
Que sua imensa fadiga
Era amiga do patrão.

E o operário disse: Não!
E o operário fez-se forte
Na sua resolução.

Como era de se esperar
As bocas da delação
Começaram a dizer coisas
Aos ouvidos do patrão.
Mas o patrão não queria
Nenhuma preocupação
- "Convençam-no" do contrário -
Disse ele sobre o operário
E ao dizer isso sorria.

Dia seguinte, o operário
Ao sair da construção
Viu-se súbito cercado
Dos homens da delação
E sofreu, por destinado
Sua primeira agressão.
Teve seu rosto cuspido
Teve seu braço quebrado
Mas quando foi perguntado
O operário disse: Não!

Em vão sofrera o operário
Sua primeira agressão
Muitas outras se seguiram
Muitas outras seguirão.
Porém, por imprescindível
Ao edifício em construção
Seu trabalho prosseguia
E todo o seu sofrimento
Misturava-se ao cimento
Da construção que crescia.

Sentindo que a violência
Não dobraria o operário
Um dia tentou o patrão
Dobrá-lo de modo vário.
De sorte que o foi levando
Ao alto da construção
E num momento de tempo
Mostrou-lhe toda a região
E apontando-a ao operário
Fez-lhe esta declaração:
- Dar-te-ei todo esse poder
E a sua satisfação
Porque a mim me foi entregue
E dou-o a quem bem quiser.
Dou-te tempo de lazer
Dou-te tempo de mulher.
Portanto, tudo o que vês
Será teu se me adorares
E, ainda mais, se abandonares
O que te faz dizer não.

Disse, e fitou o operário
Que olhava e que refletia
Mas o que via o operário
O patrão nunca veria.
O operário via as casas
E dentro das estruturas
Via coisas, objetos
Produtos, manufaturas.
Via tudo o que fazia
O lucro do seu patrão
E em cada coisa que via
Misteriosamente havia
A marca de sua mão.
E o operário disse: Não!

- Loucura! - gritou o patrão
Não vês o que te dou eu?
- Mentira! - disse o operário
Não podes dar-me o que é meu.

E um grande silêncio fez-se
Dentro do seu coração
Um silêncio de martírios
Um silêncio de prisão.
Um silêncio povoado
De pedidos de perdão
Um silêncio apavorado
Com o medo em solidão.

Um silêncio de torturas
E gritos de maldição
Um silêncio de fraturas
A se arrastarem no chão.
E o operário ouviu a voz
De todos os seus irmãos
Os seus irmãos que morreram
Por outros que viverão.
Uma esperança sincera
Cresceu no seu coração
E dentro da tarde mansa
Agigantou-se a razão
De um homem pobre e esquecido
Razão porém que fizera
Em operário construído
O operário em construção.

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Novo? 29 Dec 2012 10:42 AM (12 years ago)

Por que temos a ligeira impressão de que mudar algarismos significa mudar de vida? Se a mudança depende de atitudes e atitudes nada têm a ver com números, então, por quê esperamos a troca de ano para tomar iniciativas? Será algo "psicológico"? Sendo ou não é um bom momento para rever metas e objetivos: o que foi alcançado, o que precisa melhorar, enfim, esse tipo de autoestima que damos a nós próprios. Não é ruim, só deveria acontecer constantemente e não apenas entre 31 e 01. Simples, assim. Mas, como todo bom humano acomodado em sua vida particular, deixamos as mudanças, as expectativas, os sonhos, os amores, tudo. Tudo para o próximo ano.
Pensemos...


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Perdoar 5 Nov 2012 3:01 PM (12 years ago)


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O Guardador de Rebanhos 4 Nov 2012 5:53 AM (12 years ago)

II


O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de vez em quando olhando para trás…
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem…
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras…
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do mundo…
Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender…
O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo…
Eu não tenho filosofia: tenho sentidos…
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar…
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência é não pensar…



Fernando Pessoa

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Consequente 4 Nov 2012 5:52 AM (12 years ago)



por Alfredo Rossetti


não sei de onde eu vim

e para onde vou me inquieta

vivo entre a lógica e a loucura


daí, poeta.

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Soneto 003 4 Nov 2012 5:51 AM (12 years ago)

003
Camões

Busque Amor novas artes, novo engenho,
para matar me, e novas esquivanças;
que não pode tirar me as esperanças,
que mal me tirará o que eu não tenho.
Olhai de que esperanças me mantenho!
Vede que perigosas seguranças!
Que não temo contrastes nem mudanças, andando em bravo mar, perdido o lenho.
Mas, conquanto não pode haver desgosto
onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal, que mata e não se vê.
Que dias há que n'alma me tem posto
um não sei quê, que nasce não sei onde,
vem não sei como, e dói não sei porquê.

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Felicidade Clandestina 4 Nov 2012 5:32 AM (12 years ago)

 "(...) Eu já começara a adivinhar que ela me escolhera para eu sofrer, às vezes adivinho. Mas, adivinhando mesmo, às vezes aceito: como se quem quer me fazer sofrer esteja precisando danadamente que eu sofra."


Clarice Lispector

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15 de Outubro - Dia dos Professores 12 Oct 2012 4:34 PM (12 years ago)


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Aqui neste lugar 12 Oct 2012 4:24 PM (12 years ago)





Sérgio Britto e Negra LI
Ninguém sabe
Quanto cabe pedir
E alguém sabe
Quanto cabe dar
Ninguém sabe
Quando cabe ouvir
E alguém sabe
Quando cabe falar
Meu amor
Será que eu posso perguntar
Quanto amor
Ainda cabe nesse seu olhar
Nós temos um ao outro, o mundo é muito pouco
Temos um ao outro e a noite para inventar
Nós temos um ao outro, o mundo é muito pouco
Temos um ao outro e o dia pode esperar
Ninguém sabe
Quanto cabe insistir
E alguém sabe
O que cabe aceitar
Ninguém sabe
Quando admitir
E alguém sabe
O que cabe negar
Meu amor
Será que eu sei adivinhar
Quanto amor
Ainda cabe aqui neste lugar
Nós temos um ao outro, o mundo é muito pouco
Temos um ao outro e a noite para inventar
Nós temos um ao outro, o mundo é muito pouco
Temos um ao outro e o dia pode esperar

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El bosco - Nirvana (Original) 12 Sep 2012 4:19 PM (12 years ago)

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Bom dia! 27 Aug 2012 4:01 AM (12 years ago)

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meus deus a vida está passando 23 Aug 2012 4:10 PM (12 years ago)

meu deus a vida está passando e as coisas vão acontecendo e tudo é uma grande loucura e nesse mar efervescente de milhões de tarefas e milhões de dias e datas acontece o pior e você se descabela e você já não quer entender e quer mandar todos pro inferno é tudo é uma grande alegoria da qual você é o ornamento mais importante e há tanto ruído e gritos que você quer fugir desse emaranhado de ilusões e desespero mas você se desespera o dia é um lixo a única esperança é dormir e acordar com outra vida.

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Dê-me sua mão 24 May 2012 3:48 PM (12 years ago)

E tudo como costumeiro continua a andar.
Dê-me sua mão.
Penso estar em um cubo cuja saída não há.
É tridimensional.
Dê-me sua mão.
E já não sei mais pensar.
Dê-me sua mão.
A vida robótica indica a perda da subjetividade.
Dê-me sua mão.
A única coisa que sei desejar.

Paula Cristina

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Não achar sonhos besteira 19 May 2012 4:58 AM (12 years ago)

"Ser capitã desse mundo
Poder rodar sem fronteiras
Viver um ano em segundos
Não achar sonhos besteira"


Fragmento da música "Shimabalaiê", por Maria Gadú

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