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A ilha 23 Nov 2013 7:55 AM (11 years ago)





Texto de Fernando Brito do Tijolaço:


Escrevo porque é impossível ficar calado diante do espetáculo dantesco a que estamos assistindo.

Ver mais alta Corte brasileira transformada em palco de mesquinharias, vaidades e crueldades desumanidades é impensável, para nós, que lutamos pelo restabelecimento de sua grandeza no Estado de Direito.

Joaquim Barbosa transformou-se num imperador inclemente, que exerce seu cargo sem grandeza.

E que apequena a todos os ministros, porque vemos reduzidos ao silêncio os seus pares que, como o nome indica, não poderiam se omitir. Alegar, apenas, que é sob o comando da presidência do STF que se encontra a execução da pena dos condenados da Ação Penal 470 não os absolve deste papel, pois o dever de preservar a Justiça se reparte igualmente entre todos.

Nem mesmo durante a ditadura a nossa Corte Suprema acovardou-se como agora.

Victor Nunes, Hermes Lima e Evandro Lins e Silva, cassados, ficaram como tributo à virtude de um Tribunal onde remanesceu o pior dos vícios judiciais: a covardia.

O poder das baionetas, porém, acovardou-o menos que o poder incontrastável de uma mídia uníssona e tomada do ódio mais irracional.

Os jornais brasileiros tornaram-se uma espécie de República do Galeão, aquela onde a única lei e a única ordem era transformar Getúlio Vargas num criminoso.

O cinismo de todos eles é tanto que são incapazes sequer de falar sobre a correria da captura, desatada num feriado, para alguns dos réus, enquanto os demais, na mesma condição jurídica, permanecem uma semana à espera que Sua Excelência determine-lhes o mesmo que aos outros réus despachou sobre a perna.

De igual forma, a demora em atender uma situação evidente de perigo físico para José Genoino torna evidente quanto apequena o cargo a atitude de Joaquim Barbosa.

Ou melhor, o quanto Barbosa faz a Presidência do STF caber numa capa miúda, como seria a de beleguim do Tribunal da Mídia, esta possuída pelo espírito de Roberto Jefferson, despertos seus instintos mais primitivos.

Javert, de Os Miseráveis, foi-lhe indevidamente comparado outro dia, em um blog. Não! Em Javert, o Estado perseguidor não apagou nele o ser capaz do gesto final de humanidade com Jean Valjean, atirando a si mesmo nas águas do Sena.

Não se sugere, em absoluto, o mesmo para Barbosa, nas águas de Key West, na Flórida, a Paris dos sem-luz de hoje.

Os dias farão melhor, porque o que se constrói com a histeria desfaz-se e evapora na serenidade.

Joaquim Barbosa nem mesmo é um Lacerda de toga.

A imagem do morcego, cego e incapaz de viver sem o abrigo da caverna da escuridão, cai-lhe melhor que a de Corvo.

Fernando Brito





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ThC - Tartuffe henrique Canabinol 19 Nov 2013 9:46 AM (11 years ago)


Lave a boca, FHC "





Uma frase para entrar na história: “Hoje vejo que a Justiça começa a se fazer. Aqueles que foram alcançados por ela tentaram transformar a Justiça num instrumento de sua própria história de uma revolução que não fizeram e, em nome de ideais que não cumpriram, querem descumprir a Constituição.”
Mas não pelo que tem de verdade, mas de mentira, de falsidade.
O seu autor foi presenteado, recentemente, com o cognome de "Príncipe da Privataria", epíteto que lembra a tantos quantos sem memória da história recente do país, o seu papel como responsável pela entrega do patrimônio brasileiro ao capital internacional.
De sua biografia também se destaca a compra dos votos necessários no Congresso para que se efetivasse uma mudança na Constituição, de modo a permitir que disputasse a reeleição presidencial.
Outro ponto relevante em sua história de vida foi subscrever a maluquice de um plano econômico que decretava a paridade entre o dólar e o real, medida cujos efeitos se fizeram sentir em pouco tempo: a quebra de milhares de empresas, o endividamento de outras tantas, a ruína de milhões.

Nosso personagem parece ser obcecado por essa palavra: quebra.
Nos oitos anos em que presidiu o Brasil, conseguiu a proeza de quebrar a sua economia três vezes.
Outra palavra que o fascina é dependência.
É coautor de livros sobre o tema, no tempo em que se considerava um intelectual.
Gosta tanto do assunto que resolveu, quando mandatário da nação, subordiná-la aos interesses do Grande Irmão do Norte.
Ficar seu dependente, se é que me entendem.
Hoje, octogenário, tenta ser um Cardeal Richelieu em seu partido, o ninho tucano.
Procura agir nas sombras, dissimulado como sempre, para tentar impor suas preferências.
Diz que está afastado da vida pública, mas não rejeita quem lhe ofereça os rapapés de uma cultura envernizada e mumificada.
Recentemente, foi designado "imortal" das letras pátrias por uma corte que ultimamente se preza em atrair mediocridades.
É inteligente, ao seu modo.
Ou esperto, se preferir.
Sabe que apenas entre os medíocres consegue algum destaque.
Ou entre aqueles que veem nele um instrumento adequado aos seus propósitos, como essa imprensa nacional, uma reunião de meia dúzia de famílias que desejam perpetuar o regime da Casa Grande e Senzala.
Por isso ela lhe é tão acessível, tão condescendente, tão simpática.
Por isso ela lhe abre espaços generosos para que ele os inunde com suas platitudes, suas insignificâncias ornadas de bijuterias de brilho efêmero.
Como se refugia no campo de uma cultura pretensamente erudita, pouco sabe do conhecimento popular, fonte inesgotável de sabedoria e bom senso.
Deve mesmo desconhecer uma frase comum, que o homem do povo usa para colocar os pretensiosos em seus devidos lugares:
- Lave a boca antes de falar mal de fulano...
Um bom conselho, sem dúvida.
Que deveria ser seguido por muitos neste Brasil.


via Crônicas do Motta

(*) ThC


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imprensa brazileira - A Beira de um Ataque de Nervos 18 Nov 2013 2:13 PM (11 years ago)






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" Supreme Fashion Week " - Toga & Coturnos 18 Nov 2013 11:54 AM (11 years ago)


Destinos cruzados: a vida de Genoíno e a saúde da democracia

Maturidade não é sinônimo de complacência. Afrontar o despotismo é um predicado intrínseco à vida democrática.

Saul Leblon




Um déspota de toga não é menos ilegítimo que um golpista fardado.

A  justiça que burla as próprias sentenças, mercadejando ações cuidadosamente dirigidas ao  desfrute da emissão conservadora, implode o alicerce da equidistância republicana que lhe confere o consentimento  legal e a distingue  dos linchamentos falangistas.

Joaquim Barbosa age na execução com a mesma destemperança  com que se conduziu na relatoria da Ação Penal  470.

A personalidade arestosa que se avoca uma autoridade irretorquível mancha a toga com a marca da soberba,  incompatível com o equilíbrio que se espera de uma suprema corte.

Desde o início desse processo é nítido o seu propósito de atropelar o rito, as provas e os autos, em sintonia escabrosa com a sofreguidão midiática.

Seu desabusado comportamento exalava o enfado de quem já havia sentenciado os réus, sendo-lhe maçante e ostensivamente desagradável submeter-se aos procedimentos do Estado de Direito.

O artificioso recurso do domínio do fato, evocado inadequadamente como uma autorização para condenar sem provas,  sintetiza a marca nodosa de sua relatoria.

A expedição de mandatos de prisão no dia da República e no afogadilho de servir à grade da TV Globo,  consumou a natureza viciosa de todo o enredo.

A exceção do julgamento reafirma-se na contrapartida de uma execução despótica de sentenças sob o comando atrabiliário de quem não  hesita em colocar vidas em risco se o que conta é servir-se da lei e não servir à lei.

A lei faculta aos condenados ora detidos o regime semi-aberto.

A pressa univitelina de Barbosa e do sistema midiático, atropelou  providências cabíveis para a execução da sentença, transferindo aos condenados o ônus da inadequação operacional.

Joaquim Barbosa é diretamente responsável pela vida  do réu José Genoíno, recém-operado, com saúde abalada ,que requer cuidados e já sofreu dois picos de pressão em meio ao atabalhoado  trâmite de uma detenção de urgência cinematográfica.

Suponha-se que existisse no comando da frente progressista brasileira uma personalidade dotada do mesmo jacobinismo colérico exibido pela toga biliosa.

O PT e as forças democráticas brasileiras, ao contrário,  tem dado provas seguidas de maturidade  institucional  diante dos sucessivos atropelos cometidos no  julgamento da AP 470.

Maturidade não é  sinônimo de complacência.

O PT tem autoridade, portanto, para conclamar partidos aliados, organizações sociais, sindicatos, lideranças políticas e intelectuais a uma vigília cívica em defesa do Estado de Direito.

Cumpra-se imediatamente o semi-aberto,  com os atenuantes que forem  necessários para assegurar o tratamento de saúde de José Genoíno.

Justificar a violação da lei neste caso, em nome de um igualitarismo descendente que, finalmente, nivela  pobres e ricos no sistema prisional, é a renúncia à civilização em nome da convergência da barbárie.

Afrontar o despotismo é um predicado intrínseco à vida democrática.

Vista ele uma farda  ou se prevaleça de uma toga, não pode ser tolerado.

A sorte de Genoíno, hoje, fundiu-se ao destino brasileiro.

Da sua vida depende a saúde da nossa democracia.

E da saúde da nossa democracia depende a sua vida.



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" Lorde é a nova “heroína pura” da música pop " 17 Nov 2013 2:03 PM (11 years ago)




Lorde é a nova “heroína pura” da música pop

Postado em 17 nov 2013
por : 

Lorde é uma menina de 17 anos da Nova Zelândia que estourou no mundo inteiro com a música “Royals” e com o álbum “Pure Heroin”. Tinha tudo para ter a despretenção pretenciosa da nossa ex-artista mirim Mallu Magalhães, mas optou por algo mais simples e melhor: fazer música, não de adolescente, não com voz de criança, não com instrumentos diferentes. Apenas música, boa, muito boa, para adultos, jovens adultos, jovens, enfim. Boa música.
Lorde faz R&B. É, na verdade, um R&B muito mais próximo do Rithm & Blues original do que é o dance-rap-massificado na última década, mas é próximo o suficiente do gênero contemporâneo para ficar na mesma prateleira da Rihanna. Tem todos os elementos em um ou outro momento. Apenas, em geral, é melhor e mais inteligente, embora venha de uma adolescente.
Musicalmente, é um tanto conceitual. Cada faixa que ouço me impressiona um pouco, mais ou menos da forma que Bjork me impressionou. Traz o mesmo tipo de frescor à música pop, embora com suas diferenças – mas também com semelhanças. O timbre e a forma de colocar a voz lembra Bjork nos momentos mais delicados. Talvez um pouco menos arrojada, mas ao tempo mais precisa que a diva islandesa. Erra menos, excede-se menos, e corre também menos risco de ser bilhante.
Os arranjos são super minimalistas. Não é raro ouvir bateria e voz, sozinhas, levarem as músicas. Ou uma base delicada de sintetizador levando sozinho a cozinha.
Lorde é, surpreendentemente pela idade, boa nas letras. Tem sabedoria e profundidade poética. “Royals”, o carro-chefe do álbum, é basicamente a negação da música pop contemporânea com uma pitadinha de confusão adolescente. “Toda música fala em dentes de ouro, vodka, drogas, vestidos de festa, carrões, champanhe (…) mas nós não nos importamos com isso”.
A boa Tennis Court também é um tratado sobre os estereótipos. “Amor, seja o palhaço da classe, eu serei a rainha da beleza – em lágrimas”. Ribs, a melhor música do disco, diz: “Este sonho não está gostoso; nós capengamos nas ruas da meia noite e eu nunca me senti tão sozinha; é assustador envelhecer”.
É bem diferente (ainda que não necessariamente melhor sempre) da música mainstream contemporânea.

Tecnicamente, o álbum é impecável. Uma ou outra opção que poderiam ser questionáveis, mas nada que não haja em álbuns dos Beatles ou de Michael Jackson. Explico: há, em muitos bons álbuns, coisas tecnicamente erradas em audio. O fator artístico de uma obra pode ser explorado de forma ilimitada, mas o técnico, não – há limites físicos que começam na gama de freqüência que nós ouvimos. Nossos Ipods e fones de ouvido também não reproduzem com grande precisão todas essas freqüencias, então um bom engenheiro de som, sob a tutela de um bom produtor, precisa fazer o melhor som possível sair a partir de todas essas limitações. E neste caso, é perfeito.
Este disco pode ser o primeiro de muitos grandes discos dessa menina. Traz ao mainstream e ao primeiro lugar da Billboard uma delicadeza e inteligência poética que haviam ficado sufocadas pelos rappers americanos, aqueles que são, no fim das contas, apenas a versão original do funk ostentação – caras que cantam sobre dinheiro e carros, e/ou divas que basicamente faziam a mesma coisa – quando não se associavam a eles nos “features”.
É obvio que nada do que eu disse quer dizer que Lorde será o novo Elvis Presley, que vai determinar os rumos da música no futuro ou qualquer coisa parecida. Há muito chão para se percorrer ainda. Muito, muito, muito. Quer dizer que ela (((pode))) ser. É como um campeonato de futebol. É só o primeiro jogo, mas o time já te deixa animado, porque ele pode ser campeão, ainda que possa não ser no correr do tempo.
Também nada disso quer dizer que os outros artistas do mainstream sejam ruins ou fracos. Rihanna, por exemplo, ganhou um Grammy com uma música que foi brilhante, poética, e um grande sucesso: Umbrella. Dizer “eu divido meu guarda-chuva com você” é uma forma bastante bonita de dizer “eu gosto de você”.
Gnals Barkley teve um grande momento. Lady Gaga, também. Até mesmo a Beyoncé e seu marido, Jay-Z, tiveram grandes êxitos, tão pops quanto bons. Mas quando o mercado começa a se emparelhar, isto é, ter muita coisa parecida, é bom que apareca alguém para refrescar as ideias. É nesse espaço que a Lorde apareceu.
Tenho para mim que o nome do álbum não remete à droga “heroína pura” como pode parecer, mas a uma heroína da música, artista pura, que faz música pop, mas com mais verdade do que a que tem sido usada nos últimos anos. “Nós jamais seremos reais [no sentido de realeza], (…) esse tipo de sorte não é para nós”. É um trecho de “Royals”. Num mundo tão cheio de reis e rainhas, Elvis, MJ, Madonna, Beyoncé, Roberto Carlos e até o Thiaguinho (já viram? Seu logo tem uma coroa), alguém haveria de ser uma simples heroína da plebe. Um herói da classe operária, como disse John Lennon. E essa, em geral, é uma outra estirpe de artista.

DCM

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" Proclamação suprema " 17 Nov 2013 4:44 AM (11 years ago)


Proclamação suprema


Antonio Lassance


O presidente do STF, ao bel prazer de suas atribuições, para a glória de sua figura e regozijo de todos os que odeiam um determinado partido, proclama...





O presidente do Supremo Tribunal Federal, ao bel prazer de suas atribuições, para a glória de sua figura e regozijo de todos os que odeiam um determinado partido que, há 10 anos, governa este país, proclama:

1. O crime do caixa 2 será tratado como o mais hediondo e repugnante de todos, mesmo não havendo dinheiro público envolvido e, portanto, desviado. A dosimetria das penas será calculada conforme a repercussão midiática do escândalo. Não importa que os dirigentes partidários acusados não demonstrem evidências de enriquecimento ilícito, como carros de luxo, contas na Suíça ou apartamentos em Miami.

2. Crimes com alguma participação de petistas serão julgados antes de todos os demais, mesmo dos que tenham sido protocolados anteriormente (caso do chamado "mensalão mineiro), e não poderão jamais ser desmembrados (ao contrário do referido "mensalão mineiro).

3. Tais crimes serão julgados com a máxima urgência, a tempo de produzirem resultados a pelo menos um ano antes das eleições, oferecendo imagens e declarações que se prestem plenamente ao escárnio público e à propaganda eleitoral de partidos de oposição.

4. A participação em propinodutos de obras públicas e a privataria serão considerados um fato menor e irrelevante do ponto de vista da ética republicana, da moral política e dos bons costumes da administração pública, conforme a jurisprudência firmada pelo escândalo do “impeachment” do ex-presidente Collor, pelos processos arquivados pelo Engavetador-Geral da República, durante o governo Fernando Henrique Cardoso, e pela atuação do Ministério Público de São Paulo no escândalo carinhosamente apelidado de "caso Alstom".

5. Fica decretada esta punição exemplar como marco do fim da impunidade no Brasil, de modo a aliviar a carga e a urgência do Judiciário sobre processos de corrupção aberrante e explícita, que estejam prescritos ou em vias de prescrever, e que seus praticantes estejam impunes, com suas fichas mais que limpas, prontos para concorrer às próximas eleições e dar continuidade às suas atividades.

6. Cria-se, para além do trânsito em julgado, a figura jurídica excepcional gerúndica do processo “trânsitando em julgando”, pela qual réus que ainda possam ter direito a recursos serão imediatamente condenados e presos. As eventuais contrariedades a tal decisão serão oficialmente respondidas não com argumentos jurídicos, mas apenas com a adjetivação de seus defensores como “chicaneiros”. Ficam os vocábulos “chicana” e “chicaneiro” definitivamente incorporados ao léxico desta Suprema Corte.

7. Que se aprenda a lição: o crime de caixa 2 não compensa. Sobre os demais, o STF se declara incompetente.

8. Este ato fica consignado na lista de julgamentos históricos do STF, ao lado de decisões como as que negaram “habeas corpus”, durante as ditaduras de 1937 e 1964, a cidadãos acusados sem provas, com base apenas em testemunhos de desafetos; junto ao ato chancelado pelo STF que extraditou a senhora Maria Prestes (mais conhecida como Olga Benário) para a Alemanha Nazista, em 1936; junto também à decisão que ratificou o golpe de 1964 e a deposição do presidente João Goulart; entre tantos outros que estão à disposição para a leitura dos brasileiros na página do Supremo Federal, na internet.

Brasília, 15 de novembro de 2013, uma data para entrar para a História.

(*) Antonio Lassance é doutor em Ciência Política pela Universidade de Brasília.



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" Modern Man " 12 Nov 2013 3:21 PM (11 years ago)





Modern Man from Sebastian Solberg on Vimeo.





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Gauchos, Argentina - uma tribo em extinção 12 Nov 2013 5:07 AM (11 years ago)








46 fascinantes fotografías de las tribus más remotas del mundo antes de que desaparezcan


El mundo nunca ha estado tan interconectado como hoy. El ritmo de urbanización de los países aumenta a un ritmo trepidante, tanto que en 2008 más de la mitad de la población mundial pasó a habitar en ciudades por primera vez en la historia. Pero ello no significa que en pleno siglo XXI no existan comunidades que vivan en su más absoluto aislamiento. En realidad se estima que pueden existir alrededor de 100 tribus indígenas aisladas voluntariamente en el mundo, aunque los datos no son muy claros. Las investigaciones han revelado que Brasil es el país que maneja los datos más precisos al respecto. Según información recogida a través de reconocimientos aéreos y entrevistas a miembros indígenas que han decidido tener contacto exterior, serían casi 80 las tribus que viven en una cerrazón total respecto a la civilización.
Es en el propio Brasil donde vive el hombre más aislado del mundo. Se sabe que es de la India y que pasa las noches en una frondosa choza de palma en la Amazonia brasileña. Las autoridades brasileñas han llegado a la conclusión de que es el último superviviente de una tribu indígena aislada. La tribu se conoció por primera vez hace casi 17 años y desde hace más de una década se han puesto en marcha numerosas expediciones con el fin de seguirle la pista y garantizar su seguridad, además de tratar de establecer contacto pacífico con él.
”En 2009, había planeado convertirme en el invitado de 31 tribus aisladas y visualmente únicas. Quería ser testigo de sus antiguas tradiciones, participar en sus ritos y descubrir cómo el resto del mundo, amenaza con cambiar su forma de vida para siempre. Lo más importante es que quería crear un ambicioso documento estético fotográfico que resista el paso del tiempo. Un trabajo que constituiría un registro etnográfico insustituible de un mundo que desaparece rápidamente.”
Éstas son las palabras de Jimmy Nelson, fotógrafo inglés que entre los años 2009-2010 decidió pasar 2 semanas en diferentes tribus aisladas del mundo, sumando un total de 29  (en las que se calcula que viven 15 millones de personas) en un proyecto que denominó Before they pass away (“Antes de que desaparezcan”). En cada tribu, Jimmy conoció sus antiguas tradiciones, se unió a sus rituales y las retrató de una manera muy atractiva. Sus fotografías detalladas exhiben joyas únicas, curiosos peinados y ropa, sin olvidar el entorno y los elementos culturales más importantes de cada tribu, como los caballos de los Gauchos. Según Nelson, su misión era asegurar que el mundo nunca olvidara cómo solían ser las cosas.
¿Quién es Jimmy Nelson?
Jimmy Nelson (Sevenoaks, Kent, 1967) comenzó a trabajar como fotógrafo en 1987. Después de haber pasado 10 años en un internado jesuita en el norte de Inglaterra, salió por su cuenta para atravesar la longitud del Tíbet a pie. El viaje duró un año y a su regreso con su diario visual único, con imágenes reveladoras de un Tíbet inaccesible, se publicó con gran éxito internacional. Desde el año 1997 empezó a acumular imágenes de culturas remotas y únicas fotografiadas con una cámara de placa tradicional de 50 años de antigüedad. Muchos premios reflejaron la calidad y el reconocimiento a la extraordinariedad de sus trabajos.

Todas sus fotos se encuentran en un enorme libro de 464 páginas que se ampliará hasta llegar a convertirse en película. Así se embarca Jimmy en un viaje hacia los rincones más remotos de la Tierra y presenta a los últimos supervivientes de un mundo que desaparece. Este es el testimonio de su trabajo.

Kazakh, Mongolia




Himba, Namibia


Huli, Indonesia and Papua New Guinea


Maasai, Tanzania



clique aqui para ver as outras tribos.


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Saiu última pesquisa DataHupper: 11 Nov 2013 12:12 PM (11 years ago)






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TnT Airlines 10 Nov 2013 1:22 PM (11 years ago)





TnT Airlines



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" Se o PSDB tem sua Madame Bovary, é José Serra " 9 Nov 2013 5:48 PM (11 years ago)

Se o PSDB tem sua Madame Bovary, é José Serra

Postado em 09 nov 2013
por : Kiko Nogueira


That’s the question

Serra falou em bovarismo num evento da Juventude do PSDB em São Paulo. Fazia uma crítica do partido, que dividiu em quatro capítulos: regionalismo, mercadismo, colunismo e o supracitado bovarismo.
O que ele quis dizer? Segundo Serra, o PSDB “tem necessidade de ser aceito pelo PT”. Ele explicou: “Que me desculpem as mulheres, pois a coisa é mais complexa do que isso. Mas o problema da Madame Bovary é querer ser aceita pelo outro lado. Ela vai à loucura, quebra a família e trai o marido com Deus e todo mundo para ser aceita. O PSDB tem um pouco do bovarismo”.
Serra ilustrou sua tese com a reação ao leilão de Libra. “Eles fazem um leilão mal feito, como o do Campo de Libra. O que faz o PSDB? Sai dizendo: ‘Olha aí, eles falaram que eram contra a privatização, mas estão fazendo’. Isso dá voto? Nenhum.”
Madame Bovary, a heroína de Flaubert, foi influenciada pelos romances que lia. Procurou se libertar de sua vida medíocre. Acaba se envolvendo com vários homens. É uma tola que arruina sua família. Com o tempo, a psicologia se apropriou do conceito de bovarismo e ele passou a servir para, de acordo com um dicionário de termos literários, “certos tipos de atitude neurótica em que o indivíduo, desprovido de autocrítica, imagina-se diferente do que ele é.”
Um dia depois de atacar o partido dessa maneira, Aécio pediu:”Vamos deixar o Serra falar”. É uma maneira paternalista de lidar com o tio do pavê do PSDB, o cara que fala as bobagens na festa de Natal e a família finge que ri.
Nesse caso, o tio do pavê fez um bom achado, mas ele se aplica, na verdade, ao próprio Serra.
Não há realidade capaz de fazê-lo repensar o papel que se auto outorgou, de salvador da pátria de seu partido e, em última instância, do Brasil. O bovarismo de Serra é o que o impede de procurar um sucessor, ou algo que o valha, ou parar de sabotar e chantagear Aécio Neves. Como a heroína de Flaubert, JS vive num mundo de fantasia.
A dupla Aécio-Serra só encontra parentesco em termos de desencontro nos atrapalhados Roberto Carlos-Caetano Veloso. Na hora de expirar, Aécio ainda vai se lembrar de seu arqui-inimigo antes de repetir as últimas palavras de Flaubert: “Eu estou morrendo, mas aquela puta da Madame Bovary viverá para sempre”.

DCM

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" Forward March " 2 Nov 2013 11:21 AM (11 years ago)





Forward March (2013) from ESMA MOVIES on Vimeo.



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" Insanidade Temporária " - com Marisa Orth 1 Nov 2013 7:05 PM (11 years ago)




VcTubo



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" Miojos " 1 Nov 2013 3:50 PM (11 years ago)




Detti di mia zia Farabutto de la Canaglia.



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O teste fracassado de um ator abstêmio para o papel de James Bond 1 Nov 2013 1:11 PM (11 years ago)





surrupiado lá do DCM



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Banksy's Street Art Comes to Life in Clever Animated GIFs 1 Nov 2013 8:38 AM (11 years ago)



From the Upper West Side to Staten Island, Banksy has certainly been making the rounds along the streets of New York with hisBetter Out Than In project. In reaction to the British street artist's handiwork, fans have been flocking to see the art in person, taking photographs and interacting with the many unauthorized pieces.
In an effort to add a new creative spin to the work, Serbian gif artist ABVH brought life to many of the artist's murals in this series called Animated Banksy. By adding motion to the static images, ABVH adds a bit more humor to the already clever pieces. He works closely to maintain impeccable details within the slightly moving stencils, in what some could describe as an homage to the graffiti artist's incredible talents.
This isn't ABVH's first time altering Banksy's work. He is a master of gif animation and has put into motion everything fromkissing cops to mischievous rats.








ABVH's website
Banksy's website
via [Beautiful Decay]
via MY MODERN MET



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O esqueleto de skate ataca novamente 1 Nov 2013 5:58 AM (11 years ago)




via DCM



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Lou Reed - Walk On The Wild Side - Rare Video 27 Oct 2013 12:33 PM (11 years ago)




VcTubo


Lou Reed - Walk On The Wild Side Lyrics


Holly came from Miami F.L.A.
Hitch-hiked her way across the U.S.A.
Plucked her eyebrows on the way
Shaved her legs and then he was a she
She said, hey babe, take a walk on the wild side,
Said, hey honey, take a walk on the wild side.

Candy came from out on the island,
In the backroom she was everybody's darling,
But she never lost her head
Even when she was giving head
She said, hey baby, take a walk on the wild side
She said, hey babe, take a walk on the wild side
And the coloured girls go, 

Doo doo doo doo doo doo doo doo doo 
doo doo doo doo doo doo doo doo doo
doo doo doo doo doo doo doo doo doo 
doo doo doo doo doo doo doo doo doo 
doo doo doo doo doo doo doo doo doo 
doo doo doo doo doo doo doo doo doo 
doo doo doo doo doo doo doo doo doo 
doo 

Little Joe never once gave it away
Everybody had to pay and pay
A hustle here and a hustle there
New York City is the place where they said:
Hey babe, take a walk on the wild side
I said hey Joe, take a walk on the wild side

Sugar Plum Fairy came and hit the streets
Lookin' for soul food and a place to eat
Went to the Apollo
You should have seen him go go go
They said, hey Sugar, take a walk on the wild side
I said, hey honey, take a walk on the wild side

Jackie is just speeding away
Thought she was James Dean for a day
Then I guess she had to crash
Valium would have helped that dash
She said, hey babe, take a walk on the wild side
I said, hey honey, take a walk on the wild side
And the coloured girls say 

Doo doo doo doo doo doo doo doo doo 
doo doo doo doo doo doo doo doo doo
doo doo doo doo doo doo doo doo doo 
doo doo doo doo doo doo doo doo doo 
doo doo doo doo doo doo doo doo doo 
doo doo doo doo doo doo doo doo doo 
doo doo doo doo doo doo doo doo doo
doo



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No Woman, No Drive 27 Oct 2013 12:10 PM (11 years ago)





VcTubo


“No Woman, No Drive”: a versão do hit de Bob Marley em homenagem às mulheres impedidas de dirigir na Arábia Saudita

DCM




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PARA OMBUDSMAN DA FOLHA, REINALDO É "ROTTWEILER" 27 Oct 2013 10:36 AM (11 years ago)





PARA OMBUDSMAN DA FOLHA, REINALDO É "ROTTWEILER"


Volta do blogueiro de Veja à Folha de S.Paulo, onde já atuou como editor-adjunto de política, "suscitou reações fortes" e mostrou que, da parte dos leitores, "poucos se manifestaram a favor de Reinaldo", segundo Suzana Singer; com o anúncio de novos colunistas pelo jornal, espera-se, diz ela, "garantir um bom nível de 'conversa'" na internet e, no impresso, "mais substância, menos espuma"; Reinaldo Azevedo já respondeu, comparando a ombudsman aos nazistas - "Suzana decidiu, como os nazistas, meter um triângulo amarelo em mim" - e de "heroína da Al Qaeda eletrônica"; "Esperava, sim, uma reação agressiva, mas não achei que Suzana chegasse a tanto", lamenta; crise na Folha
27 DE OUTUBRO DE 2013 ÀS 08:06

247 - Ao comentar a chegada de novos colunistas na Folha de S.Paulo, a ombudsman Suzana Singer chama o blogueiro de Veja Reinaldo Azevedo de "rottweiler" e relata, em sua coluna deste domingo, que, da parte dos leitores, "poucos se manifestaram a favor de Reinaldo". Suzana Singer defende agora, com o novo time de debatedores, "um bom nível de 'conversa'" no jornal, e não apenas a importação da "selvageria que impera no ambiente conflagrado da internet".
Reinaldo Azevedo já respondeu Suzana em seu blog. No texto, a compara aos nazistas e diz que ela "será a heroína da Al Qaeda eletrônica". "A tática é antiga: desumanize aquela que considera adversário; trate-o como coisa ou bicho feroz, e aí fica mais fácil atacá-lo ou defender a sua eliminação", escreve. Reinaldo lamenta ainda as críticas da omdusman: "Esperava, sim, uma reação agressiva, mas não achei que Suzana chegasse a tanto". 
Leia abaixo as duas colunas:
Arena de debates - Suzana Singer
Na semana em que o assunto foram os simpáticos beagles, a Folha anunciou a contratação de um rottweiler. O feroz Reinaldo Azevedo estreou disparando contra os que protestam nas ruas, contra PT/PSDB/PSOL, o Facebook, o ministro Luiz Fux e sobrou ainda para os defensores dos animais.
A coluna publicada anteontem não destoa do que Reinaldo vem defendendo em seu blog no site da "Veja" nos últimos sete anos. "Eu sou mesmo um reacionário à moda antiga", escreveu o jornalista na quarta-feira, emendando que é "humanista e cristão", contra o aborto e contra a pena de morte. Dá para deduzir o que ele pensa dos governos Lula e Dilma pelo título do seu livro "O País dos Petralhas", uma corruptela de petistas e irmãos Metralha.
Sua volta à Folha, onde já havia trabalhado como editor-adjunto de política, suscitou reações fortes. O leitorado mais progressista viu a chegada do colunista como o coroamento de uma "guinada conservadora" do jornal. "Trata-se de uma pessoa que dissemina o ódio e não contribui com opiniões construtivas", escreveu a socióloga Mariana Souza, 35.
Poucos se manifestaram a favor de Reinaldo, mas isso não significa que não exista uma parcela considerável que esteja comemorando a sua vinda, já que ao ombudsman costumam recorrer os insatisfeitos. Ana Lúcia Konarzewski, 61, funcionária aposentada do IBGE, afirma que vai voltar a assinar o jornal por causa do novo colunista. "Não aguentava mais tanta gente defendendo o governo", disse.
A contratação de Reinaldo é coerente com o "saco de gatos" da Folha, que dá abrigo à ambientalista Marina Silva e à defensora do agronegócio Kátia Abreu, a dois filósofos tão díspares quanto Luiz Felipe Pondé e Vladimir Safatle, à contundente Barbara Gancia e ao delicado Antonio Prata.
Os novos nomes -além de Reinaldo, escreverão, no caderno "Poder", o geógrafo Demétrio Magnoli e o jornalista Ricardo Melo- vão engrossar o já extenso plantel de colunistas do jornal. São hoje 102, provavelmente um recorde mundial.
Não dá para fazer um censo ideológico de tanta gente. Do novo trio, Demétrio é também crítico entusiasmado do PT. Em sua estreia ontem, negou a tarja de direita e acusou os "lulo-petistas" de serem "conservadores, corporativistas e racialistas". Ricardo Melo, que foi um dirigente estudantil trotskista, deve fazer o contrapeso à esquerda.
A Secretaria de Redação diz que "o jornal não pensa em colunistas em termos de esquerda e direita, mas no que eles têm de original para dizer aos leitores e como podem reforçar o pluralismo da Folha".
No atual momento da mídia, em que boa parte do noticiário está de graça na internet e no qual falta dinheiro para expandir as equipes de reportagem, aumentar o espaço destinado à opinião tem sido uma forma de tentar diferenciar-se.
Com o movimento da semana passada, a Folha almeja tornar-se a principal arena de debate político em 2014, ano de campanha eleitoral. Para que o leitor seja de fato beneficiado por isso, será preciso garantir um bom nível de "conversa", à altura do que escrevem Janio de Freitas e Elio Gaspari, colunistas do mesmo espaço.
No impresso, espera-se mais argumento e menos estridência. Mais substância, menos espuma. Do contrário, a Folha estará apenas fazendo barulho e importando a selvageria que impera no ambiente conflagrado da internet.
Ombudsman da Folha me chama de cachorro. E defende que se assegure "um bom nível de conversa" no jornal. Entendo...
Suzana Singer, ombudsman da Folha, me chama de cachorro, de rottweiler, em sua coluna deste domingo. Escreveu logo no primeiro parágrafo:
"Na semana em que o assunto foram os simpáticos beagles, a Folha anunciou a contratação de um rottweiler. O feroz Reinaldo Azevedo estreou disparando contra os que protestam nas ruas, contra PT/PSDB/PSOL, o Facebook, o ministro Luiz Fux e sobrou ainda para os defensores dos animais."
Ela se diz preocupada com o "nível da conversa" no jornal e dá um exemplo de sua superioridade argumentativa e retórica. Quem quiser lhe mandar uma mensagem parabenizando-a pelo requinte pode clicar aqui (endereço eletrônico tornado público pela Folha)
Talvez eu lhe dispense algumas linhas na coluna de sexta, não sei — num único texto por semana, talvez tenha de deixa-la pra lá. No blog, não tenho limite de espaço e posso ser generoso com ela. Responder na mesma moeda? Pra quê? Suzana decidiu, como os nazistas, meter um triângulo amarelo em mim. Se bem que, fiel ao código de cores dos campos de concentração, o triângulo deveria ser, então, vermelho, que era aquele dispensado aos inimigos ideológicos — eventualmente, o púrpura serviria.
Como sabem todas as pessoas com as quais falei sobre a coluna de estreia, antevi o texto da ombudsman, cantei a bola. Suzana é um caso de esfinge sem segredos. Em tempos em que cachorros são tratados com mais cerimônia do que pessoas, ser associado a um cão não deve ser tomado como ofensa. É bem verdade que a ombudsman deixa claro: há uma diferença entre Reinaldo Azevedo e os beagles — uma só. Estes são simpáticos; eu sou "feroz". É... Eu, na condição de cachorro, não sou fofo.
Duvido que algum colunista, jornalista ou colaborador da Folha tenha sido antes chamado de cachorro por um ombudsman ou por qualquer outro profissional do jornal. Suzana será a heroína da Al Qaeda eletrônica. A tática é antiga: desumanize aquela que considera adversário; trate-o como coisa ou bicho feroz, e aí fica mais fácil atacá-lo ou defender a sua eliminação.
Não sou bobo. Esperava, sim, uma reação agressiva, mas não achei que Suzana chegasse a tanto. O vocabulário espanta, mas a qualidade intelectual da crítica não me surpreende. Voltem lá. Segundo a ombudsman, "o feroz Reinaldo Azevedo estreou disparando contra os que protestam nas ruas, contra PT/PSDB/PSOL, o Facebook, o ministro Luiz Fux e sobrou ainda para os defensores dos animais."
Meu texto, para quem não leu, está aqui. E quem leu sabe:
a: não disparei contra quem protesta, mas contra quem pratica atos violentos; isso é ser feroz? Aliás, Suzana, tome mais cuidado com as metáforas: cão não dispara. Se você tivesse escrito "latiu contra", seu texto continuaria com o mesmo grau de elegância, mas haveria coerência na cadeia alegórica. É uma dica de estilo de um rottweiler.
b: minha restrição ao PT foi precisa: critiquei o partido por atacar sistematicamente as instituições, inclusive a imprensa livre; isso é ser feroz?;
c: minha restrição ao PSDB foi precisa: critiquei o partido por não ter construído valores alternativos aos do petismo; isso é ser feroz?;
d: minha restrição ao PSOL foi precisa; critiquei o partido por usar os professores em favor de sua agenda supostamente revolucionária; isso é ser feroz?;
e: minha restrição a Luiz Fux foi precisa: critiquei o ministro por ter transformado o STF em alçada da Justiça Trabalhista e concedido uma absurda liminar; isso é ser feroz?;
f: nem cheguei a criticar o Facebook; apenas neguei que a revolta egípcia tenha sido determinada por ele; isso é ser feroz?;
g: não ataquei os defensores dos animais, mas aqueles que invadiram um laboratório, numa ação obscurantista;
h: também critiquei, ela esqueceu de citar, o Congresso, que tende a acabar com todas as votações secretas (não apenas a de cassação de mantados, o que apoio) e os defensores do financiamento público de campanha.
Digam-me: ainda que ela escrevesse a verdade, seria proibido, para recorrer à metáfora belicosa de Suzana, "disparar" contra o PT, o PSDB, o PSOL, o Fux, o Facebook, os defensores dos animais etc? Critiquei, sim, Suzana, humanos e atos humanos, mas não precisei desumanizar ninguém para facilitar a minha tarefa.
Suzana adere a correntes da Internet que são politicamente orientadas, que obedecem a um comando, que têm a sua origem em sites e blogs financiados com dinheiro público, para difamar desafetos. Na Folha, no meu blog ou em qualquer lugar, escrevo o que penso. Não é o dinheiro dos pobres, que teriam um fim mais nobre se aplicado em saúde e educação, que financia a minha opinião.
Nada de espuma, Suzana! Faço um convite
Suzana escreve:
"No impresso, espera-se mais argumento e menos estridência. Mais substância, menos espuma. Do contrário, a Folha estará apenas fazendo barulho e importando a selvageria que impera no ambiente conflagrado da internet."
Eu aceito um debate público com Suzana — fica aqui não um desafio, mas um convite — sobre cada um dos temas acima. Até porque parece haver opiniões minhas sobre outros assuntos que a angustiam. Eis o segundo parágrafo de sua coluna (em vermelho):
"Eu sou mesmo um reacionário à moda antiga", escreveu o jornalista na quarta-feira, emendando que é "humanista e cristão", contra o aborto e contra a pena de morte. Dá para deduzir o que ele pensa dos governos Lula e Dilma pelo título do seu livro "O País dos Petralhas", uma corruptela de petistas e irmãos Metralha.
Suzana, Suzana...
Tentarei ser didático. Quando alguém escreve "sou um reacionário à moda antiga", está fazendo uma ironia porque, dada a origem da palavra e dado o conceito político, o "reacionário" já está voltado, de algum modo, para o passado; sua postura é, necessariamente, restauracionista. Assim, ele já é, por definição, alguém "à moda antiga". Se um autor se diz "reacionário à moda antiga", pode estar querendo fazer um espécie de gracejo; pode estar querendo, Suzana, apontar que os valores estão de tal sorte de ponta-cabeça que a defesa da vida humana vira coisa de "reacionários". Não dá para desenhar. De resto, pare de imaginar o conteúdo dos livros. Havendo tempo, leia-os. Ou não comente. E "petralha" não é um corruptela — corruptela é outra coisa.
O texto a que Suzana alude está aqui. Reproduzo o trecho de onde ela extraiu umas poucas palavras. Constatem a minha "ferocidade".
(...)
Pois é, meus caros... Eu sou mesmo um reacionário à moda antiga. Eu ainda considero o ser humano uma espécie superior a todas as outras. Se eu fosse apenas um humanista, e acho que sou também, pensaria assim. Como me considero humanista e cristão, ainda acredito que somos também a morada do espírito de Deus. "Que nojo, Reinaldo! Eu prefiro os beagles." Tudo bem.
Sou, assim, esse lixo que não aceita a pena de morte, mas também não aceita o aborto. Sou, assim, esse lixo que recusa que embriões humanos sejam tratados como coisa — porque se abre a vereda para a coisificação do próprio homem. Repudio de maneira absoluta certa estupidez que anda por aí, segundo a qual uma hierarquia entre espécies seria mera questão de valor. No fim das contas, dizem, somos todos formados de aglomerados muito semelhantes. Teses assim ecoam os piores totalitarismos.
(...)
Para quem sabe do que se trata, estou falando de outro Singer, o Peter. Suzana não tem tempo para essas coisas. Espero que não tente meter em mim, também, o triângulo púrpura, destinado aos cristãos. Escreve ela (em vermelho):
Sua volta à Folha, onde já havia trabalhado como editor-adjunto de política, suscitou reações fortes. O leitorado mais progressista viu a chegada do colunista como o coroamento de uma "guinada conservadora" do jornal. "Trata-se de uma pessoa que dissemina o ódio e não contribui com opiniões construtivas", escreveu a socióloga Mariana Souza, 35.
Poucos se manifestaram a favor de Reinaldo, mas isso não significa que não exista uma parcela considerável que esteja comemorando a sua vinda, já que ao ombudsman costumam recorrer os insatisfeitos. Ana Lúcia Konarzewski, 61, funcionária aposentada do IBGE, afirma que vai voltar a assinar o jornal por causa do novo colunista. "Não aguentava mais tanta gente defendendo o governo", disse.
Honestidade intelectual e profissional, Suzana!
Aguardo no blog um comentário de Mariana Souza para que ela aponte os textos meus que disseminam o ódio. Reproduzir o que a Internet financiada por estatais e pelo governo diz não vale. Segundo Suzana, poucos se manifestaram a meu favor, mas admite que parcela considerável também comemora, "já que ao ombudsman recorrem os insatisfeitos".
Epa! Não informar que sites e blogs petistas, financiados por estatais, organizaram desde quarta-feira uma verdadeira corrente de linchamento é não cumprir com o mandamento básico da honestidade intelectual e profissional. O que queria Suzana? Que eu reagisse com uma contracorrente? "Escrevam e telefonem para a ombudsman; digam que a Folha acertou e que eu sou bacana." Ora...
Mantenho o meu convite a Suzana. Proponho o debate. Vamos falar sobre argumentos e espuma. Ela adverte a Folha para que não "importe" o "barulho e a selvageria que impera no ambiente conflagrado da internet" e para que a conversa fique "à altura do que escrevem Janio de Freitas e Elio Gaspari, colunistas do mesmo espaço."
No que me diz respeito, e estou certo que também aos outros novos, ela pode ficar tranquila. Não chamarei ninguém de cachorro, como não chamo aqui, e vocês sabem disso. Mas continuarei, se ela me der licença, a criticar o PT, o PSDB, o PSOL, o Fux, o Facebook, os arruaceiros... Continuarei, a exemplo do que fiz na minha coluna, que não dirige uma só ofensa a ninguém, a apelar a alguns interlocutores, às vezes encobertos: a Constituição dos EUA, Maquiavel, Locke, Nietzsche, Singer (o Peter, não a Suzana). "Nossa, como esse Reinaldo quer ser sabido!..." Não! Reinaldo procura quem já foi mais longe para tentar ganhar tempo.
Suzana diz que sou um "rottweiler", que sou "feroz" e que meu texto de estreia revela isso. Ela deve a seus leitores, ela deve aos leitores da Folha — de quem é procuradora — e ela deve a meus leitores a evidência.
A gente sempre duvida se começou ou não com o pé direito (só força de expressão, viu, Suzana?!). Tinha escrito outro texto, sobre tema diverso, e mudei na última hora (do prazo que me impus para enviar o texto, bem entendido). Chamado de cachorro pela ombudsman, já não duvido: acertei em cheio. "Acertou em quê?" No compromisso que mantenho com os leitores.
Suzana só não pode esperar de mim a fofura de um beagle.
Exigência, recomendação e alerta
Encerro com um pedido e uma declaração: leitor deste blog que se preza, eventuais admiradores do colunista e pessoas eventualmente chocadas com o destempero de Suzana não lhe dirigirão uma só palavra desairosa — nem no espaço de comentários (serão vetados) nem em eventuais mensagens à própria ombudsman. Também não aceitarei comentários que tentem vincular as opiniões da jornalista a esta pessoa ou àquela. Ela é capaz de pensar essas coisas sozinha.
Os próceres da rede suja na Internet não hesitará em dirigir à ombudsman as piores ofensas, disfarçados de "leitores do Reinaldo". O jogo é pesado. Não caiam no truque de vigaristas.
Suzana não escreveu nem como beagle nem como rottweiler. Esse tipo de mordida é coisa de gente.

24/7

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" Macumarína " - uma heroína cor de laranja 25 Oct 2013 2:34 PM (11 years ago)





PROJETO DE MARINA, AFINAL, É POLÍTICO OU EMPRESARIAL?



Cada vez mais difícil distinguir a diferença entre sonho presidencial da ex-ministra Marina Silva e os interesses de grandes grupos econômicos ligados a ela; Banco Itaú, da amiga, apoiadora e financiadora Neca Setubal muda nome de seus cartões de crédito para que passem a se chamar, exatamente, Rede, jogando o Card fora; ex-vice de Marina em 2010, Guilherme Leal alinha a sua Natura, maior fabricante nacional de cosméticos, na mesma toada: agora existe o Rede Natura a atar vendedoras e compradoras de seus produtos; essa estratégia de vulgarização da marca e associação do Rede a produtos e arranjos comerciais é mesmo boa para a política e os negócios? Ou finda por dar, como indica o grafismo do Rede (nesse caso, o cartão de crédito), um nó na cabeça do eleitor?
24/7 - 25 DE OUTUBRO DE 2013 ÀS 12:09

sex, 25/10/2013 - 07:15 - Atualizado em 25/10/2013 - 08:05
Recentemente, a Natura lançou campanha enaltecendo suas consultoras. No anúncio, realçava a palavra “rede” e a consultora apresentada tinha semelhança física com Marina Silva.
Esta semana, o Itaú mudou o nome da Redecard – sua operadora de cartão de crédito - para apenas Rede. “Rede remete à tecnologia, agilidade e modernidade ao mesmo tempo que cria para a marca uma personalidade jovem e conectada. Uma Rede que conecta pessoas e empresas, mudando a experiência de consumo”, explicou o release do banco.
O site da Rede Sustentabilidade, de Marina Silva, apregoa: “Rede é participação e acesso, é conexão entre pessoas. Com o registro da #Rede, começam processos inovadores de participação cidadã. Conecte-se”.
***
Não por coincidência, Itaú e Natura estão entre os principais apoiadores da candidatura Marina Silva.
Trata-se de uma das mais ousadas e arriscadas experiências de marketing: o investimento pesado no sentido de rede, provocando um imbricamento entre a imagem das empresas e de uma candidatura política.
***
Historicamente, poucos banqueiros ousaram participar diretamente do jogo político. E nenhum arriscou a misturar imagens de forma tão ostensiva.
Nos anos 50, Roxo Loureiro, um banqueiro ousado que praticamente inaugurou a poupança e o sistema de agências descentralizadas, entrou na política. Gastou mais do que podia. E foi fuzilado por uma declaração impensada de Octávio Gouvêa de Bulhões, que provocou uma corrida contra seu banco. Aliás, seu principal executivo era Otávio Frias, que, anos depois, se tornaria o proprietário da Folha.
***
Ainda nos anos 50, o banqueiro Walther Moreira Salles tinha tudo para ser o governador de Minas Gerais. Conseguira o impossível: o apoio tanto do PSD quanto da UDN. Recusou para não colocar o banco em risco.
Nos anos 70 foi a vez de Olavo Setúbal, do Itaú. Apesar da solidez, o Itaú tornou-se vítima de boatos que chegaram a provocar corridas em algumas praças importantes, como a de Campinas. Setúbal manteve a carreira pública, mas sem arriscar a disputar eleições.
***
Na história do país, apenas o ex-governador de Minas Magalhães Pinto conseguiu fazer carreira política e bancária. Seu banco quebrou anos depois, mas sem ter sido prejudicado pela política.
***
Apostar em políticos é estratégia de marketing tão arriscada quanto apostar em boxeadores: basta um nocaute para liquidar com qualquer campanha; basta uma denúncia, uma derrota acachapante, uma reversão de imagem para respingar no patrocinador. Basta derrotar os adversários para ter contra si todos seus eleitores.
***
Não apenas isso. Especialmente em períodos eleitorais, a radicalização política não poupa gregos, troianos e egípcios, ainda mais nesses tempos de redes sociais. É uma mistura que poderá colocar contra o banco os eleitores do PT, do PMDB e Minas Gerais inteira.
***
As duas empresas têm a seu favor o fato de serem inquestionavelmente sólidas e bem administradas. No caso da Natura, há uma ampla identificação com o ecoliberalismo de Marina Silva. No caso do Itaú, o foco em um público urbano moderno, mesmo alvo do partido de Marina.
Mas, se vivo fosse, Olavo Setúbal certamente não teria permitido essa aventura.

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" Eduardo Campos é acometido de amnésia súbita " 24 Oct 2013 12:53 PM (11 years ago)



Eduardo Campos é acometido de amnésia súbita

Em sua crítica ao programa Mais Médicos, o pré-candidato se esqueceu justamente do Nordeste e do estado que governa, Pernambuco.



Na crítica que fez ao programa “Mais Médicos”, Eduardo Campos, que é presidente do PSB, pré-candidato à presidência da República e, nas horas vagas, governador do Estado de Pernambuco, afirmou com todas as letras:

"Se o Brasil hoje importa médicos, é porque ontem não viu a necessidade de organizar um planejamento estratégico na formação de recursos humanos para assistir os brasileiros do Sertão, Pantanal, da Amazônia e das fronteiras com o Uruguai".

E emendou: “Nós precisamos reconhecer publicamente que o Brasil falhou”.
As declarações foram dadas durante o 51.º Congresso Brasileiro de Educação Médica (em Olinda, no dia 20). O governador ombreou-se com o presidente da Associação Brasileira de Educação Médica, que chamou a Medida Provisória que instituiu o programa de "decisão autoritária".

Curiosamente, essa foi uma das poucas declarações dadas pelo governador sobre o programa, até agora. A repercussão foi estupenda. Embora não tenha dito o nome “Dilma” e nem mesmo pronunciado a expressão “Governo Federal”, as manchetes de muitos jornais e telejornais deram uma forcinha e o ajudaram a completar a frase.

Caso o pré-candidato tenha tido dificuldades para balbuciar o nome da presidenta ou de juntar as palavras “governo” e “federal”, o problema pode ser ainda mais grave para alguém que almeja chegar lá.

Para Campos, o problema maior da falta de médicos está nas regiões do Sertão, Pantanal, da Amazônia e das fronteiras com o Uruguai. Esqueceu-se ele, simplesmente, que a maior carência está na periferia das grandes cidades. Um detalhe que afeta pelo menos 20 capitais e 151 cidades em regiões metropolitanas, onde se concentra a maior parte da população brasileira.

Conforme dados do Ministério da Saúde, só na primeira fase do programa, foram enviados 64 profissionais a Pernambuco, sendo 26 brasileiros e 38 estrangeiros. O atendimento realizado por esse grupo alcançou mais de 220 mil pessoas no estado. Isso ainda durante o período em que boa parte dos profissionais estrangeiros aguardava, para iniciar os trabalhos, a emissão do registro profissional pelos conselhos regionais de medicina.

Do total de médicos da primeira fase, 40% foram alocados no Nordeste. Em Pernambuco, 31 municípios aderiram ao programa, solicitando profissionais. Cerca de 15% de todos os médicos encaminhados ao Nordeste estão em Pernambuco. Um número bem maior começa a chegar agora, com a sanção da lei "autoritária" que permite ao próprio Ministério conceder o registro.

Uma pergunta óbvia foi esquecida de ser feita ao pré-candidato e governador: faltou planejamento a Pernambuco, também?

Como se sabe, pela nossa Constituição, o Sistema Único de Saúde reserva aos governos estaduais competências essenciais no planejamento, na coordenação e na gestão do SUS. A crítica de Eduardo Campos até agora não foi entendida como deveria ser: a autocrítica de um governador a quem cabe uma parcela fundamental de responsabilidade nesse assunto tantas vezes esquecido, chamado saúde pública.

Vamos torcer para que as instalações, os equipamentos e as condições de trabalho dos hospitais, que são a cara do planejamento da saúde de cada estado, estejam em dia na vitrine de Eduardo Campos, e que ele se lembre de expô-las, a título de exemplo.


Carta Maior


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La voz del Viento - Semillas de transición 23 Oct 2013 2:41 AM (11 years ago)


La voz del Viento - Semillas de transición






La voz del Viento - Semillas de transición from Mosaic Project on Vimeo.


Um documentário inspirador sobre as novas formas de viver em comunidades agrícolas, que envolvem o colaborativismo, agricultura orgânica, consumo consciente, soberania alimentar, a economia solidária, preservação dos recursos, aproveitamento de energia, arte, respeito à natureza. Projetos que nasceram após o 15-M e que hoje se espalham pela Espanha, criando redes de belas alternativas ao capitalismo, que colocou o país de joelhos frente ao capitalismo. (docverdade)

Sinopse oficial: Jean Luc Danneyrolles, agricultor  e Carlos Pons, documentarista espanhol organizam uma viagem até Granada para o encontro de movimentos sociais alternativos, entre agroecologia e mudança de paradigma. Pegam uma câmera e partem durante o inverno de fevereiro de 2012, levando com eles como moeda de troca uma grande coleção de sementes. O testemunho vivo de um movimento que cresce... Outro mundo se faz possível aqui e agora.

Dados sobre a viagem 21 dias, 35 projetos visitados, mais de 200 pessoas
Quer saber onde se localizam cada um desses projetos? Aqui o mapa.
Postado por 

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Shake - Momento Pet-ternura 22 Oct 2013 12:48 PM (11 years ago)





SHAKE from Variable on Vimeo.



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Homens-Corvos, never more, never more !? 21 Oct 2013 8:16 AM (11 years ago)





Bet She'an from Bet She'an Team on Vimeo.



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